O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagou ao Congresso mais de R$ 4,25 bilhões em emendas de transferência especial, conhecidas na política como emendas Pix em 1 só dia.

Os repasses foram realizados na semana do prazo de pagamento de emendas do Executivo. Isso porque a Lei Eleitoral 9.504 proíbe “transferência voluntária” da União a Estados e municípios nos 3 meses que antecedem as eleições. O 1º turno do pleito municipal está marcado para 6 de outubro.

Os dados estão disponíveis no site Siga Brasil, sistema de informações sobre orçamento federal do Senado. Como o portal apresenta atraso de 1 dia, os valores são referentes a quarta-feira (3) e foram comparados com o dia anterior, terça-feira (2).

Na semana passada, o Executivo empenhou R$ 7,68 bilhões. No empenho, o valor é reservado e o Executivo assume o compromisso de pagamento.

Na terça (2), as emendas Pix pagas correspondiam a R$ 232,464 milhões.

É importante registrar que o processo para apresentar emendas ao Orçamento é 100% legal e legítimo. Em várias democracias, os congressistas apresentam propostas de investimentos para as áreas de atuação.

O que faz com que o processo seja questionado é o critério de liberação das verbas por parte do Executivo. Às vezes, o dinheiro só sai quando o governo precisa de apoio do Legislativo para aprovar projetos.

A ação é muito utilizada por Lula, inclusive durante os outros 2 mandatos do petista.

Essa transferência robusta foi realizada na semana em que os deputados se mobilizam para votar a regulamentação da reforma tributaria, pauta de interesse do governo.

O mecanismo permite que os congressistas destinem recursos diretamente para os Estados e municípios “sem necessidade de formalização prévia de convênios, apresentação de projetos ou aval técnico do governo federal”.

Entidades contrárias afirmam que há pouca transparência nesse tipo de repasse, o que levou ao apelido de emenda Pix pela rapidez do processo.

Com informações de Poder 360