O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, escolheu para atuar em seu gabinete nomes do MPF (Ministério Público Federal) com histórico de atuação em ações de combate à corrupção envolvendo políticos, em especial nos casos do mensalão e da Lava Jato.

As escolhas foram anunciadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) poucas horas depois da participação de Lula (PT) na posse de Gonet, ocasião em que o presidente mandou recados à instituição que à época da Lava Jato conduziu as acusações que o levaram à prisão.

Lula criticou acusações levianas, defendeu políticos e pediu ao escolhido que não permita que denúncias sejam publicizadas antes de se provar a veracidade delas, em uma cobrança para que o modelo da Lava Jato não fosse repetido.

Gonet afirmou em seu discurso inaugural que o momento é de “reviver na instituição os altos valores constitucionais” e que o órgão deve estar atento aos limites da sua atuação. Também afirmou que o Ministério Público não busca “palco nem holofote” e deve agir tecnicamente.

Folha de S. Paulo