Créditos: ReproduçãoO papa Leão XIV voltou suas atenções neste domingo (14) para a disparidade salarial entre executivos e trabalhadores de grandes empresas. Durante entrevista divulgada pelo site católico Crux, o pontífice afirmou que a diferença se tornou alarmante. A fala ocorreu ao comentar o recente plano de remuneração de US$ 1 trilhão da Tesla para seu presidente-executivo, Elon Musk.
Segundo o papa, “há 60 anos, um CEO poderia receber de quatro a seis vezes mais do que seus funcionários. Hoje, em alguns casos, esse valor chega a ser 600 vezes maior”. A crítica gerou repercussão imediata, principalmente pelo destaque ao nome de Musk, que pode se tornar o primeiro trilionário do mundo.
Na avaliação de Leão XIV, quando a riqueza se concentra de forma tão desigual, a sociedade enfrenta sérios problemas. “Se apenas o dinheiro tem valor, então estamos em um grande problema”, reforçou. Além disso, ele lembrou que não é apenas uma questão econômica, mas também moral, pois afeta a dignidade humana.
Durante a entrevista, o papa também comentou sobre sua missão diplomática. Ele destacou que se sente mais preparado para liderar espiritualmente os 1,4 bilhão de católicos, mas reconhece os desafios de atuar como figura de peso no cenário internacional.
Outro ponto abordado foi a atuação da Organização das Nações Unidas (ONU). Para Leão XIV, a instituição perdeu força como espaço de diplomacia multilateral. “Infelizmente, parece reconhecido que a ONU já não consegue reunir países em torno de decisões conjuntas”, lamentou.
Ao final, o papa reforçou que segue aprendendo com o papel de liderança global e que não se sente sobrecarregado. Acima de tudo, reafirmou sua esperança de ver avanços em justiça social e paz internacional.
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