O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), sugeriu durante o debate organizado pela Record e pelo Estadão no sábado (19) que Guilherme Boulos (Psol) tentou “dar um calote” em um motorista depois de uma colisão entre seu Fiat Palio e um Honda Fit, em setembro de 2017. A dívida resultante do acidente foi quitada pelo pai de Boulos, o infectologista Marcos Boulos, no valor de R$ 2.500.

Conforme documentos do processo judicial movido por Rodger Fabris, o proprietário do Honda Fit, Boulos registrou um B.O (boletim de ocorrência) e se limitou a dizer que falaria com o seu advogado sobre o incidente. Depois, o psolista deixou de atender às ligações de Rodger, que cobrava o ressarcimento do dano material.

O pagamento foi realizado às 12h01 de 8 de maio de 2018, mesmo dia da audiência de conciliação entre as partes, que teve início às 9h15, em Jundiaí (SP). A indenização cobrada por Rodger na ação era de R$ 2.954. O carro que Boulos dirigia pertencia a um homem identificado como Gilderlan Lopes da Silva.

“Ele com 35 anos, um marmanjo. Papai teve que pagar porque o filho não trabalha“, afirmou Nunes, que utilizou o episódio para afirmar que Boulos “não tem experiência” para ser prefeito de São Paulo.

Boulos, por sua vez, rebateu o prefeito, insinuando que o seu adversário agrediu a mulher, Regina. “Ele ficou repetindo 10 vezes essa história de bater no carro, de os outros pagarem. Loucura. Eu já bati o carro algumas vezes, como todo motorista em São Paulo. Graças a Deus nunca bati em mulher”, disse.

Nunes nega a agressão, que teria ocorrido em 2011. À época, sua mulher teria ido até a 6ª Delegacia de Defesa da Mulher e registrado um boletim de ocorrência contra o emedebista por violência doméstica. Porém, segundo a Polícia Civil, a vítima não deu prosseguimento à representação, o que impediu a investigação de qualquer crime. O prefeito segue casado com Regina até hoje.

Com informações de Poder 360