
Créditos: Valter Campanato/Agência BrasilO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na terça-feira (15) que a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) que pediu na segunda-feira (14) sua condenação e de mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado é como uma acusação de matar “um marciano”.
O ex-presidente ainda criticou a Polícia Federal (PF), afirmando que se a corporação tivesse empregado 10% do trabalho que tiveram investigando seus supostos crimes no inquérito que apurou o atentado que ele sofreu à faca, teriam chegado a respostas sobre quem “mandou matá-lo”. A PF concluiu que Adélio Bispo, autor da facada, agiu sozinho.
Ele voltou a afirmar que, “solto ou preso”, é “um problema”, e que não querem prendê-lo, mas “eliminá-lo”. Réu por golpe de Estado no Supremo, o ex-presidente já havia afirmado nesta segunda-feira, 14, que “o sistema” quer “destruí-lo por completo”.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha intenção de fugir do Brasil em meio ao processo que pode condená-lo por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. O ex-chefe do Executivo afirmou que “está cheio de problemas de saúde”, o que inviabilizaria sua saída para outro país.
“Estou cheio de problemas de saúde, como que eu vou pra outro país? E outra, eu quero ver esse julgamento meu”, afirmou. No último dia 1º de julho, Bolsonaro comunicou que estaria suspendendo toda a sua agenda do mês devido a crises de soluços e vômitos.
Ao ser questionado se considera a hipótese de ser preso, Bolsonaro disse que “tudo pode acontecer” e usou como exemplo a prisão de Braga Netto, detido por obstrução à Justiça.
“Tudo pode acontecer hoje em dia né? Porque o Braga Netto está preso? Uma prisão preventiva durar tanto assim? Qual acusação do Braga Netto? Interferência num inquérito que já tinha acabado. É assim que funciona. Uma pessoa [Alexandre de Moraes] que sequestrou o Supremo Tribunal Federal e faz o que bem entende: prende, ele que vai interrogar, ele que vai julgar, ele que diz que é vítima porque tinha um plano para matá-lo”, criticou.
Próximos passos
Com a apresentação da manifestação da PGR, começa a contar o prazo de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid, delator na investigação, apresente suas alegações finais ao STF. Em seguida, será a vez das defesas dos réus apresentarem suas alegações no mesmo prazo. Após receber todas as manifestações, a data do julgamento será marcada pela Primeira Turma da Corte. A expectativa é de que o julgamento seja realizado em setembro deste ano.
Com informações de Tribuna do Norte
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