O governo Lula (PT) criou uma rede de escritórios do Ministério da Cultura em todos os estados brasileiros, empregando 80 servidores.

Esses escritórios, majoritariamente ocupados por petistas, têm como objetivo principal influenciar a seleção de Organizações não Governamentais (ONGs) para formar comitês culturais estaduais, como parte de uma política nacional que pretende investir R$ 58,8 milhões na difusão cultural nos próximos dois anos.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou que algumas ONGs selecionadas para receber fundos públicos têm ligações com petistas e membros do próprio ministério. Entre elas, há uma organização associada a um empresário acusado de desviar recursos culturais e outra administrada por um candidato a vereador que utilizou o espaço para atividades eleitorais.

Dos 26 escritórios estaduais, 19 são liderados por membros do PT, um por um filiado ao PSB e outro por um integrante do PSOL. Os outros cinco coordenadores, embora não tenham filiação formal, possuem ligações políticas significativas.

Um exemplo é o chefe do escritório na Bahia, que não está na lista oficial de filiados ao PT, mas trabalhou durante três mandatos no gabinete do deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

No Paraná, Loana Campos, chefe do escritório, não é filiada ao PT, mas possui fortes laços com João Paulo Mehl, articulador do comitê estadual e membro do PT. Campos foi nomeada em outubro de 2023.

O Ministério da Cultura afirma que a escolha dos comissionados é baseada na experiência no setor cultural, e não na filiação partidária.

Com informações de Diário do Poder