A nadadora Ana Carolina Vieira, que foi expulsa da delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris-2024 por má conduta, se manifestou nas redes sociais após o acontecido.
Ana Carolina Vieira afirmou que está em Portugal e “desamparada”. Ela deixou Paris imediatamente após a expulsão e chegará ao Brasil pelo aeroporto de Recife para depois viajar para São Paulo.
O UOL apurou que ela foi acompanhada no desligamento por Soraya Carvalho, welfare officer e líder do esporte seguro do COB, uma profissional treinada para acolher.
Ana contou que realmente “tinha uma moça me acompanhando o tempo todo” e que não conseguiu ficar sozinha. Mas reclamou de não ter tido acesso à nada, nem tinha a possibilidade de falar com ninguém.
A atleta ainda afirmou que já denunciou um caso de assédio no passado. Ela fez a revelação enquanto falava sobre como foi orientada a resolver os trâmites para deixar a delegação em Paris.
Ana não deu detalhes do caso denunciado. Entretanto, afirmou que vai falar abertamente sobre o assunto em breve e disse que trataria com seus advogados.
O que ela disse?
Caso de assédio: “Não consegui falar com ninguém. Me mandaram falar com os canais do COB, mas como vou entrar em contato com os canais do COB se já fiz uma denúncia e nada foi resolvido, de assédio dentro da seleção? Vou falar tudo, falar com meus advogados, tudo certinho. Prometo falar tudo. Estou triste, nervosa, não sei. Mas estou com coração em paz. Sei do meu caráter e da minha índole. Isso que importa. Espero poder defender a natação brasileira e feminina. Contem comigo. Só peço um tempo e um pouco de paciência.”
Saída de Paris: “Não consegui contato com ninguém a partir do momento que saí da sala que anunciaram que eu estava fora por causa das más condutas. Vou provar tudo que não tive má conduta nenhuma. Quando saí da sala, minha cara estava em todas as páginas possíveis. Eu não consegui ter contato com ninguém. Não consegui ficar sozinha em nenhum momento. Tinha uma moça me acompanhando o tempo todo. Queria falar com psiquiatra, ela não deixou num primeiro momento. Não consegui buscar uma água. Graças a Deus, depois, pude falar com ele [psiquiatra]. Saí de lá, deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Minhas coisas estão lá. Fui para o aeroporto de short. Tive que abrir minha mala toda no aeroporto. Estou em Portugal, vou para Recife, para depois ir para São Paulo. Estou desamparada, não tive acesso à nada e falar com ninguém.”
Com informações de UOL
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