Tem gente que vive lavando a lataria, passando produtos para polir, aspirando a cabine e tentando deixar o veículo com cara de que acabou de sair da concessionária. Isso pouco adianta se o motorista tem péssimos hábitos na direção que acabam com os componentes internos do carro.

Alguns exemplos de comportamentos que reduzem a vida útil dos sistemas de um automóvel são dirigir com a mão no câmbio manual e deixar o pé apoiado no pedal da embreagem. Para quem quer manter o carro por mais tempo, e não apenas garantir um visual agradável, a recomendação é abandonar essas e outras práticas.

Práticas que acabam com o motor
Quando o assunto é o motor do veículo, a situação não é muito diferente e também existem hábitos prejudiciais. Conheça alguns exemplos de comportamentos que você deve evitar para prolongar a vida útil do seu propulsor.

1. Esquecer de trocar o óleo

Segundo Erwin Franieck, presidente do Instituto de Tecnologia e Inovação da SAE, o lubrificante é essencial para o bom funcionamento de qualquer tipo de motor. Por isso, a troca de óleo deve ser realizada dentro do prazo indicado pelo fabricante, seja por tempo ou quilometragem.

“A troca de óleo e filtros no período correto é fundamental. Utilizando lubrificante correto e com as suas propriedades mantidas, o motor não será afetado”, diz. “O filtro de ar em mau estado pode permitir a entrada de impurezas no motor, causando o desgaste da camisa, dos anéis do pistão e das válvulas”, acrescenta.

2. Rodar pouco

Esta pode parecer estranha, mas um veículo é feito para rodar. “Não deixe o carro parado por muito tempo, porque os líquidos acabam se degradando e perdem suas propriedades. Vira um efeito cascata. A recomendação é rodar pelo menos uns 20 ou 30 minutos uma vez por semana para que todos os fluidos circulem pelo sistema. Isso ajuda a evitar, por exemplo, o ressecamento das borrachas das mangueiras”, recomenda Franieck.

A gasolina, por exemplo, perde sua capacidade original de queima após seis meses parada.

3. Deixar de encher o reservatório do arrefecimento

O especialista alerta para a importância do reservatório de arrefecimento. “Se notar que a água está baixando de nível, pode ser indício de um problema sério que deve ser verificado. O sistema de arrefecimento é tão importante para o motor quanto o óleo”, afirma.

Segundo ele, é preciso ficar atento para verificar se o nível da água está baixando com muita rapidez a fim de resolver o problema, caso exista. Outra dica é nunca utilizar água de torneira, e sim água desmineralizada.

4. Encher o tanque com combustível adulterado

A venda de combustível adulterado ainda é um grave problema nos postos brasileiros, além de um grande problema para o motor. Para evitar o uso de produtos de procedência duvidosa, abasteça em postos de sua confiança, preferencialmente de bandeiras conhecidas.

5. Dar partida rápido demais

Os carros modernos não exigem que o motorista fique longos minutos esperando o motor “esquentar” após a partida, mas, ainda assim, é interessante não sair arrancando com muita rapidez.

“Nos primeiros segundos, os sistemas não estão todos lubrificados. Lembre-se de que o óleo escorre todo para o cárter quando o carro fica parado e, ao dar a partida, ele precisa voltar a circular. Ou seja, dê a partida e, no tempo de colocar o cinto de segurança, ajustar os retrovisores e ligar o rádio, você já pode sair, mas espere a temperatura do motor atingir a temperatura ideal de trabalho para acelerar mais forte”, orienta o especialista.

“Em uma viagem, a recomendação é a mesma caso você pare por mais de 30 ou 40 minutos. Portanto, após voltar para o carro, dê a partida e dirija sem forçar demais após as paradas”, completa.

Com informações do AutoEsporte e News Motor