O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, e outros 29 senadores repudiaram nesta quinta-feira (4) o evento alusivo aos atos de 8 de janeiro de 2023, previsto para a próxima segunda-feira (8). A iniciativa, convocada pelos chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, visa refletir sobre os atos de violência ocorridos em Brasília no mesmo dia do ano anterior. Os signatários da manifestação pública argumentam, no entanto, que a verdadeira defesa da democracia vai além de simbolismos e requer medidas práticas e efetivas.
A decisão de não participar do evento é uma crítica direta à abordagem do governo federal em relação aos eventos de 8 de janeiro e às ações subsequentes. Rogério Marinho e os demais signatários expressam preocupação com a atuação parcial das instituições e a aplicação inconsistente da lei, apontando esses fatores como ameaças à democracia. Eles ressaltam que o tratamento desigual dos cidadãos presos em 8 de janeiro compromete a confiança na justiça e no Estado de Direito.
Os senadores enfatizam a importância de um compromisso autêntico com os princípios democráticos e a urgência de um retorno à normalidade democrática. Eles condenam o abuso de poder e as interpretações indevidas de dispositivos constitucionais, destacando a necessidade de um compromisso real com a democracia e o restabelecimento da normalidade democrática.
Os 30 signatários conclamam a todos os chefes dos Poderes da República a atuarem dentro dos limites constitucionais, com um esforço conjunto pautado na colaboração entre as instituições, no respeito às leis e na valorização dos valores democráticos. Eles apelam por um ambiente de tolerância e pela prevenção da perseguição aos que pensam diferente, reiterando seu compromisso com a preservação da democracia no Brasil.