Realizado pelo Governo do RN, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar, evento agregou valor aos empreendimentos agroecológicos do estado e contabilizou mais de R$ 160 mil em vendas.

“A agricultura familiar do Rio Grande do Norte está numa nova fase, com ênfase para produtos agroindustrializados, como castanha, polpa de frutas, queijos, manteigas, mel e pescados, fato que contribuiu para alcançarmos um faturamento acima de 160 mil reais. Dos produtos in natura aos beneficiados, a Feira Potiguar revelou a capacidade produtiva da nossa agricultura familiar, que se ampara na economia solidária para fortalecer as relações de consumo”, declarou o secretário Alexandre Lima, titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar.

O resultado do faturamento é fruto da 1ª Feira Potiguar da Agricultura Familiar e Economia Solidária, evento realizado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, sob a coordenação da Sedraf-RN, no período de 29/11 a 02/12, em Natal (RN). Com cerca de 30 atividades de formação e discussão acerca da produção de alimentos saudáveis sob o viés da agroecologia, o valor agregado à 1ª Feira Potiguar foi muito além do seu faturamento bruto.

“Ela chegou para ficar. É a primeira de muitas que virão e essa feira expressa o quanto o governo avançou nesta pauta nos últimos cinco anos. Vimos claramente as políticas implementadas, voltadas para a expansão e o fortalecimento da agricultura familiar. Estamos aqui na feira celebrando exatamente isso”, disse a governadora Fátima Bezerra, ao se despedir do evento, no sábado (02).

A Feira Potiguar foi aberta com cerca de duas toneladas de produtos expostos, sendo mais de 40 variedades de alimentos, e ainda o vasto artesanato, dos bordados do Seridó a outras tipologias tradicionais, como a palha de carnaúba. “Alguns empreendimentos venderam quase tudo no primeiro dia”, destacou o coordenador de Acesso a Mercados, Agroindustrialização e Cooperativismo (Camac/Sedraf), Emerson Cenzi.

Nos estandes e barracas da Feira Potiguar, também foram comercializados sementes, frutas, hortaliças, tubérculos e grãos, doces e geleias, biscoitos, cafés e chocolates, plantas medicinais e mudas ornamentais. Segundo Alexandre Lima, o Rio Grande do Norte segue as estatísticas do país, de que a agricultura familiar é a grande produtora de alimentos no Brasil, com aproximadamente cinco milhões de estabelecimentos, dos quais cerca de 50% estão localizados no Nordeste.

“É a agricultura familiar que produz alimentos que chegam à mesa da população brasileira, enquanto o agronegócio produz para exportação. Este segmento representa dois terços da área ocupada e detém 80% do total das propriedades”, contextualizou. Além do espaço de comercialização, com cerca de 60 empreendimentos selecionados via edital, entre cooperativas, associações, coletivos informais e empreendedores individuais, a Feira Potiguar contou com estandes institucionais do Governo do RN e de entidades parceiras, tais como ASA Potiguar, Fetarn, Fetraf-RN, Marcha Mundial das Mulheres, Unicafes, Sistema OCERN e MST, sendo esse último a assinar a programação cultural com o nome Festival do MST: por terra, arte e pão!, executada em parceria com a Fundação José Augusto.

O público total estimado foi de aproximadamente 30 mil pessoas para os quatro dias, sendo a sexta-feira, 01, o dia com maior público, em torno de 10 mil pessoas. O Governo do Estado investiu cerca de R$ 1,2 milhão no evento, por meio de recursos próprios, via Sedraf e Assecom, e do projeto Governo Cidadão, fruto do acordo de empréstimo do Banco Mundial. O evento teve apoio institucional do Governo Federal, por meio do Banco do Nordeste e do Ministério do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (MDA).