Indicado pelo presidente Lula, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin se declarou impedido de julgar uma denúncia contra a presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR).
A Suprema Corte analisa em plenário virtual uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada, no âmbito da Operação Lava-Jato. O caso tem como base a delação premiada de executivos da construtora Odebrecht, que apontaram o pagamento de caixa 2 à petista na campanha de 2014. A defesa da parlamentar nega irregularidades.
O julgamento foi iniciado nesta sexta-feira. Os ministros do Supremo têm até o dia 20 deste mês para se manifestar. Ex-advogado de Lula, Zanin se declarou impedido para analisar o caso.
O relator do caso, ministro Edson Fachin votou contra a abertura da ação penal. Para Fachin, a promotoria não trouxe provas suficientes para confirmar a denúncia.
“Emerge da análise acurada deste procedimento criminal a constatação da insuficiência dos elementos indiciários colacionados pelo órgão acusatório para conferir justa causa à denúncia, revelando-se insuficientes a revelar a existência de materialidade e indícios da autoria delitiva, pressupostos básicos à instauração da persecução penal em juízo”, diz trecho do voto de Fachin.
O Globo