O presidente Lula decidiu não comparecer à posse do recém-presidente eleito da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, marcada para 10 de dezembro, em Buenos Aires.
Lula, entretanto, vai enviar representante do governo brasileiro. Ele avalia dois possíveis nomes para a missão: o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ou o chanceler Mauro Vieira.
Alckmin, inclusive, já foi escalado por Lula para representá-lo na posse de outro presidente de direita: a do liberal Daniel Noboa, no Equador, na quinta-feira (23/11).
Sem clima
Segundo auxiliares, Lula pretende manter uma relação “de Estado” com o governo Milei, mas avalia que não há clima hoje para comparecer à posse do argentino.
Durante a campanha, o presidente brasileiro foi xingado de “presidiário comunista” e “corrupto” pelo então candidato, que se autointitulou um anarcocapitalista.
Logo após o anúncio da vitória de Milei, Lula foi às redes sociais reconhecer o resultado da eleição argentina. O petista, porém, não citou o presidente eleito nominalmente, nem ligou.
Como noticiou a coluna, o possível telefonema do presidente brasileiro a Milei dependerá da postura adotada pelo argentino em relação a Lula e ao Brasil após a vitória.
Nesta segunda-feira (20/11), o ministro da Secretaria de Comunicação Social do Brasil, Paulo Pimenta, afirmou que a ligação depende de um pedido de desculpas de Milei a Lula.
Com informações do Metrópoles