Pesquisa PoderData realizada de 14 a 16 de dezembro de 2024 mostra que a avaliação positiva do trabalho dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) caiu de 31% para 12% em 2 anos. É a taxa dos que afirmam que o desempenho da Corte é “bom” ou “ótimo”.  As curvas do infográfico (mais abaixo) evidenciam que os percentuais de avaliação positiva da Suprema Corte registram quedas sequenciais desde o início de 2023. De lá para cá, houve uma queda de 19 pontos percentuais.

Na outra ponta, a taxa dos que acham que o STF faz um trabalho “ruim” ou “péssimo” saltou 12 pontos percentuais: foi de 31% para 43% desde junho de 2023. Retomou o patamar registrado ao final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era 40%. Há ainda 34% da população que avalia a Corte como “regular”. Outros 11% não souberam responder.

As curvas do gráfico acima indicam que a piora gradual da percepção dos brasileiros sobre a atuação dos ministros do STF coincide com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto e com o recrudescimento de ações da Corte contra pessoas acusadas de golpe, tanto em atos do 8 de Janeiro quanto, mais recentemente, no plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A queda na percepção positiva do desempenho do Supremo também se dá no fim da presidência de Rosa Weber e durante o comando de Roberto Barroso, que assumiu a Corte em setembro de 2023. Durante as duas gestões, o STF tem discutido temas sensíveis, como aborto, drogas, responsabilização de jornais e regulação de big techs.

A pesquisa cujos dados são relatados neste post foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 14 a 16 de dezembro de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 192 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

Poder 360