Previsão leva em conta o crescimento do financiamento da Unidade para os próximos dois anos

O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) assinou, neste mês de novembro, um termo aditivo com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) que amplia o seu orçamento para custeio de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PDI). A ação permite que, até os próximos dois anos, a Unidade Embrapii Metrópole Digital acesse um montante de até R$ 5 milhões para subsidiar iniciativas tecnológicas. O valor total de tais projetos pode ultrapassar os R$ 15 milhões, levando-se em conta as contrapartidas das empresas parceiras.

A assinatura representa um aumento de 117% do valor inicial: originalmente, a Unidade Embrapii gerida pelo Instituto possuía R$ 2,3 milhões para custeio de projetos. A atualização do valor representa uma oportunidade importante para empresas de Tecnologia da Informação (TI) interessadas em realizar ações de inovação para melhoria de seus produtos, serviços ou processos.

Ao firmar o contrato, as empresas parceiras recebem um financiamento de 33% a 50% do orçamento total do projeto de PDI em questão. Desse modo, o valor total de tais projetos deve chegar aos R$ 15 milhões até 2026. Aliado a isso, pequenas organizações também podem acessar esse tipo de custeio por meio do Sebrae, que hoje financia até 70% do orçamento de projetos – limitando-se a R$ 150 mil em aportes não reembolsáveis.

Ao firmar o contrato, as empresas parceiras recebem um financiamento de 33% a 50% do orçamento total do projeto de PDI em questão. Desse modo, o valor total de tais projetos podem ultrapassar os R$ 15 milhões até 2026. Aliado a isso, pequenas organizações também podem acessar esse tipo de custeio por meio do Sebrae, que hoje financia até 70% do orçamento de projetos – limitando-se a R$ 150 mil em aportes não reembolsáveis.

Transformação Digital

“Essa é uma chance das empresas modernizarem seus produtos e fomentarem uma transformação digital. Estamos falando de diferenciais inteligentes, que aumentam a robustez das soluções”, comenta o professor Itamir Barroca Filho, diretor da Unidade Embrapii Metrópole Digital. Nos próximos dois anos, a meta do IMD é formalizar 18 novos contratos.

Segundo a gerente de projetos da Unidade, Tatiane Faria, a ampliação conferida pelo termo aditivo reflete a eficácia do trabalho do time do IMD ao longo deste ano. “A Embrapii fez uma avaliação dos nossos números e a decisão pela ampliação da verba foi emitida por um colegiado da própria Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial”, conta ela.

Além disso, o aumento em mais de 100% no montante para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PDI) também reforça a busca de organizações, públicas e privadas, por inovação. “Isso é decorrente de toda uma política industrial que acompanhamos em nosso país, alinhado a uma crescente busca por modernização”, avalia Itamir Barroca.

A previsão é que, ainda em 2024, mais dois projetos sejam oficializados. Já para o próximo ano, a meta é conseguir mais 14 contratos e, em 2026, mais quatro. Além do recurso ampliado, outra novidade é que a Unidade Embrapii Metrópole Digital passa a ter acesso a mais duas linhas de crédito para financiamento de PDI: uma do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outra com a Rota 2030.

Projetos

Até o momento, em um ano e sete meses de de existência, a Unidade Embrapii Metrópole Digital já oficializou 13 projetos de PDI, realizados com empresas como Foxconn, SEVA Engenharia e Intelbras, além de negócios de pequeno porte – como a startup Hubbi, credenciada ao Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque).

As empresas interessadas em fechar contrato com a Unidade Embrapii devem propor ações especificamente nas áreas de Internet das Coisas (IoT) e Aplicações Inteligentes em Nuvem. Isso faz parte de uma determinação específica da Unidade Embrapii Metrópole Digital desde o início de sua concepção – ocorrida em abril de 2023. Assim, podem receber o financiamento ações que visam, por exemplo, otimizar processos industriais e analisar grandes volumes de dados.

Exemplo disso é o que acontece com a Hubbi, startup especializada no mercado de autopeças. Sua parceria com a Embrapii visa promover a aplicação de Inteligência Artificial (IA) para otimizar o comércio de autopeças, além de favorecer o gerenciamento de grandes frotas e também criar uma ferramenta capaz de emitir diagnósticos de veículos em tempo real.

Já no âmbito de empresas maiores, a parceria com a Foxconn Brasil – unidade brasileira da gigante multinacional chinesa Foxconn – visa o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica de apoio à tomada de decisões de negócios. O projeto está orçado em R$ 1,2 milhão.

Segundo o diretor Itamir Barroca, empresas interessadas neste tipo de parceria normalmente são negócios que buscam modernização e aumento de competitividade, tudo isso por meio de processos de negociação ágeis e não burocráticos. “Para fechar um projeto com a Unidade Embrapii não é necessário, por exemplo, submeter-se a um edital. Basta apresentar a proposta e passar pela negociação”, comenta o diretor.

Atualmente, esse trabalho de execução de projetos de inovação é organizado por meio da Diretoria de Projetos do IMD. A operacionalização acontece por meio de negociações, onde a organização interessada apresenta sua proposta e, ao longo do processo, o IMD alinha objetivos junto aos interessados, bem como faz o levantamento do orçamento e também contata docentes e pesquisadores que possam conduzir o desenvolvimento tecnológico.

 

 

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