Decisão é baseada na ciência e pode ajudar a reduzir riscos de lesões
Em meio ao universo do condicionamento físico e da prática esportiva, uma questão persistente permeia as mentes dos atletas e entusiastas: qual é o momento ideal para alongar, antes ou depois do treino?
Segundo o professor de Educação Física, Leandro Medeiros da Silva, a decisão não é uma questão de escolha arbitrária, mas sim uma consideração baseada na ciência e no contexto individual de cada atleta. O especialista é docente da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.
“O alongamento é uma prática crucial para manter a flexibilidade muscular e promover a recuperação após o exercício. No entanto, o momento ideal para realizá-lo pode variar dependendo de uma série de fatores, incluindo o tipo de atividade física, o estado físico do indivíduo e seus objetivos específicos”, explica.
Ainda de acordo com Silva, o mais importante é realizar o aquecimento dos músculos, que pode ser feito com atividades de mobilidade articular ou séries com cargas menores, antes de elevar a carga do para o treino principal. “As sessões de alongamento pré-treino podem ajudar a aumentar a amplitude de movimento das articulações e melhorar a circulação sanguínea nos músculos”, afirma.
O profissional também alerta que o alongamento/aquecimento pré-treino deve ser dinâmico e específico para os movimentos que serão realizados durante a atividade física. “É importante evitar alongamentos estáticos e prolongados antes do treino, pois isso pode comprometer a capacidade dos músculos de gerar força e potência durante o exercício”, frisa o professor da UnP.
Por outro lado, o alongamento pós-treino desempenha um papel crucial na recuperação muscular e na prevenção de dores e rigidez após o exercício. “O alongamento realizado após o treino pode ajudar a relaxar os músculos, reduzir a tensão acumulada e promover a flexibilidade a longo prazo. Além disso, pode contribuir para a liberação de substâncias químicas no corpo que auxiliam na recuperação muscular, como as endorfinas”, acrescenta Leandro.
Nesse contexto, a abordagem ideal pode variar dependendo das necessidades individuais de cada pessoa e do contexto específico de sua rotina de exercícios, sempre contando com o suporte do profissional de educação física.
“O importante é integrar o alongamento como parte essencial de um programa de condicionamento físico abrangente, adaptado às necessidades e objetivos de cada indivíduo. Portanto, ao planejar a rotina de exercícios, lembre-se de considerar não apenas o tipo e a intensidade do treino, mas também o momento adequado para incorporar o alongamento. Consultar um professor de educação física vai ajudar a desenvolver um plano de alongamento personalizado que otimize seus resultados e reduza o risco de lesões”, conclui o especialista.