Responsável por colocar o Brasil de novo entre os grandes países das maratonas, Daniel Nascimento foi pego no doping.

Assim como a esposa, Grazi Zarri, suspensa no Quênia, Danielzinho testou positivo para um conjunto de anabolizantes e está fora dos Jogos Olímpicos de Paris. Ele era o único brasileiro classificado na maratona.

O nome dele já aparece como em suspensão provisória no site da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). com a data de coleta de 4 de julho, há 11 dias.

É bastante incomum a divulgação de uma suspensão por resultado analítico adverso (positivo para substância proibida) tão próximo ao teste, mas a ABCD colocou prioridade máxima para atletas convocados, para evitar casos como de Tandara em Tóquio — ela só foi suspensa antes da semifinal.

Danielzinho, como é conhecido, testou positivo para drostanolona; metenolona, nandrolona e outras substâncias. Ele mora e treina no Quênia, país que tem tido seus resultados esportivos contestados depois de diversos casos de doping entre atletas de alto rendimento, inclusive do grupo de treino do brasileiro.

Chama atenção que o teste positivo veio depois que a esposa dele já havia sido flagrada em exame antidoping e suspensa. Grazi Zarri foi suspensa provisoriamente pela agência antidoping do Quênia, mas terá seu caso julgado no Brasil, assim como Danielzinho.

Ele se classificou à Olimpíada obtendo o índice olímpico com certa facilidade em Hamburgo, no começo do ano passado, quando terminou em quarto. Daniel chegou a ter tudo para vencer a Maratona de Nova York de 2022, passando a primeira metade da prova abaixo do recorde do trajeto, mas “quebrou” na sequência.

O brasileiro tem como melhor resultado da carreira, e último expressivo, o terceiro lugar em Seoul, em 2022, quando marcou 2h04min51s e se tornou o maratonista não nascido na África mais rápido do mundo.

Sem Daniel, a delegação do Time Brasil cai de 277 para 276 atletas.

Com informações de UOL