O ex-gerente de uma agência do Banco do Brasil (BB) em São Paulo, que desviou R$ 2,1 milhões, foi condenado a pagar uma multa equivalente a dez salários mínimos. Paulo Cézar Zucchi Kosmack foi sentenciado a três anos e quatro meses de reclusão pelo juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa, Lavagem de Bens e Valores da Capital.

Contudo, a sentença foi transformada pela Justiça em serviço comunitário e pagamento de multa. O desvio de R$ 2,1 milhões aconteceu entre 2007 e 2013. Conforme consta nos autos do processo, Kosmack fez um depósito de R$ 1,1 milhão em sua própria conta. Além disso, realizou transferências monetárias para contas de familiares e investimentos em uma empresa.

Ex-gerente tem a opção de apelar da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

A requisição do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para uma condenação por peculato digital foi rejeitada pelo juiz. Na sentença emitida na segunda-feira (22), o juiz declarou que “a imputação de peculato na denúncia é sustentada pela confissão do acusado, sendo necessária sua condenação pelo desvio de R$ 2.106.682,89 pertencentes ao Banco do Brasil”.

“Não há motivo para condenação pelo delito descrito no artigo 313-A do Código Penal, pois a inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do Banco do Brasil teve como objetivo exclusivo desviar dinheiro da instituição financeira para si próprio, sendo essa conduta absorvida pelo crime fim de peculato”, registrou em outro trecho da sentença.

Kosmack, que prestou serviços ao banco de 1981 até sua aposentadoria em 2013, confessou os desvios em seu depoimento. Ele citou problemas de saúde, dificuldades financeiras e pressão no local de trabalho como justificativas. No entanto, negou ter manipulado fraudulentamente o sistema e manifestou remorso, expressando também o desejo de reembolsar os valores.

Com informações de Conta Fatos