Ao se falar de uma pessoal infiel no âmbito dos relacionamentos, há uma crença de que ela teria a incapacidade de ser leal a combinados como uma característica geral em todas as áreas de sua vida — mas não é bem assim.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ashley Madison, a maioria das pessoas mantém a infidelidade apenas entre quatro paredes. Entre os homens, por exemplo, 87% preferem trair a parceira do que os ideais políticos.
O levantamento feito com os usuários da plataforma de encontros extraconjugais se baseou em uma lista com mais de 20 categorias, e questionou se os entrevistados eram mais propensos a trair a parceria ou o item citado.
No caso da política, a porcentagem geral foi de 80%, sendo 87% dos homens e 86% das mulheres que preferem trair o(a) amado ao partido político.
Além disso, para 85% é mais fácil ter um affair do que mudar seu pedido regular de café e 97% por cento dos entrevistados preferem trair seu parceiro do que preencher uma declaração de imposto de renda errada.
O que poderia explicar essa “preferência” por trair o parceiro do que ser infiel a outras particularidades da vida? O psicólogo e terapeuta s3xu4l André Almeida ressalta que a fidelidade é um valor e sua importância varia de pessoa para pessoa, de acordo com cultura, criação, noções de ética e moral, entre outros fatores.
“É importante a compreensão de que pessoas têm hierarquias de valores diferentes, e uns valores podem ser mais importantes que outros”, explica.
Logo, se a política, o conforto do café diário ou a retidão com a Receita Federal são valores mais importantes que a fidelidade sexual para uma pessoa, eles serão colocados acima dela — o que não gera juízo de valor por si só.
Pouca vergonha – Metrópoles