O governo de Israel anunciou que seu gabinete de guerra aceitou fazer um acordo com o Hamas para a libertação de reféns sequestrados pelo grupo extremista em 7 de outubro.
O que aconteceu
- Acordo aprovado pelo gabinete israelense visa a libertação de 50 reféns, dos quase 240 que foram sequestrados, segundo o jornal The Times of Israel. O anúncio acontece após uma série de reuniões das autoridades do governo de Benjamin Netanyahu.
- A expectativa é que a pausa dure quatro dias, com libertação de 10 ou 12 reféns israelenses por dia de trégua. O plano inclui a libertação, pelo Hamas, de trinta crianças, oito mães e mais doze mulheres, segundo um oficial israelense ouvido pelo jornal Haaretz.
- Israel também concordou em libertar cerca de 150 palestinos da prisão. Nos dois casos, a prioridade de liberação seria de mulheres e menores. No caso dos presos palestinos, condenados por homicídio ficam excluídos do acordo.
- A primeira leva de reféns deve ser libertada pelo grupo na próxima quinta-feira (23), de acordo com o Canal 12. A resolução de cessar-fogo temporário foi aprovada por uma “maioria significativa” do gabinete de guerra do governo
- Israel também deve permitir a entrada de 300 caminhões com ajuda humanitária e combustível por dia pelo posto de fronteira de Rafah, com o Egito.
- Durante o período, as tropas israelenses permaneceriam no norte de Gaza, mas os voos de drones e a vigilância aérea seriam suspensos por seis horas diárias.
Guerra não irá parar, diz Netanyahu
Benjamin Netanyahu afirmou que a guerra não irá parar em decorrência do acordo. A declaração ocorreu antes da divulgação dos votos do gabinete de guerra.
“Quero esclarecer: estamos em guerra, continuaremos em guerra até atingirmos todos os nossos objetivos. Destruiremos o Hamas, traremos todos os nossos sequestrados e desaparecidos de volta e garantiremos que em Gaza não haverá nenhum partido que represente uma ameaça a Israel”, disse Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.
Em seu ataque de 7 de outubro contra Israel, os integrantes do Hamas mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 240 reféns que foram levados para Gaza.
O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza.
Nota enviada à AFP
Israel, que prometeu “aniquilar” o Hamas, respondeu com bombardeios incessantes e operações terrestres na Faixa de Gaza que, segundo o Ministério da Saúde local, mataram mais de 14 mil pessoas, entre elas mais de 5 mil crianças.
Com informações do UOL, ANSA e AFP