A falta de uma sede normal para uma empreiteira, a ausência de funcionários registrados, dívidas com bancos públicos e a concentração de obras em uma única cidade reforçam as suspeitas da Polícia Federal de que a empresa Arco Construções tenha sido usada em um esquema de corrupção com benefício a Juscelino Filho (União Brasil-MA), atual ministro das Comunicações.

A Folha percorreu endereços da Arco apontados em documentos oficiais e ações de cobrança e realizou levantamentos em registros públicos de cartórios e licitações disponíveis no site do Tribunal de Contas do Maranhão. O quadro encontrado é de situações muito fora do comum de uma construtora em operação regular.

As suspeitas se referem à atuação de Juscelino como deputado federal. A defesa do ministro repetiu afirmações já apresentadas à Folha anteriormente dizendo que são “absurdas as ilações de que Juscelino tenha tido qualquer proveito pessoal com sua atividade parlamentar”. Os advogados também negam que a Arco tenha ligações com Juscelino.

Folha de S. Paulo