Após quatro meses de estabilidade, o nível de endividamento dos brasileiros voltou a crescer. Segundo balanço da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias que afirmaram ter dívidas a vencer aumentou 0,2 ponto em junho, atingindo a marca de 78,5% no mês.

Do total, 18,5% dos brasileiros se consideram muito endividados, maior volume da série histórica do indicador – 2010. O maior número de endividados está concentrado no Sul e Sudeste do país, sendo Minas Gerais o primeiro no ranking, com 94,9% da população em débito, seguido por Paraná (94,7%) e Rio Grande do Sul (93,9%).

Assim como o endividamento, a inadimplência registrou alta em junho. O percentual de famílias com dívidas atrasadas fechou o mês em 29,2%, aumento de 0,1 ponto percentual. Ao todo, quatro em cada 10 famílias entraram em junho sem condições de pagar os compromissos de meses anteriores, maior proporção desde agosto de 2021.

Izis Ferreira, economista da CNC, aponta que a melhora da renda disponível, com a evolução positiva do mercado de trabalho e o alívio da inflação, não foi suficiente para retirar da inadimplência os consumidores com dívidas atrasadas há mais tempo. Um dos principais influenciadores para o cenário são os juros elevados.

Com informações do SBT News/Ponta Negra News.