O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou que o seu julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teve uma unanimidade “artificial” e que o fim do seu mandato na Câmara se deu por “vingança” por sua atuação como promotor na operação Lava Jato. A declaração foi feita na noite desta segunda-feira (29.mai.2023), durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura.

“Quem analisou essa decisão disse que a unanimidade foi artificial. Temos um artigo de um colunista do O Globo, Merval Pereira, que disse ter uma concatenação dos votos. Que o ministro Alexandre de Moraes teria buscado construir uma unanimidade dentro do TSE para me cassar. Vários editoriais e juristas estão criticando essa decisão como equivocada, absurda e fora da lei”, disse Dallagnol.

Deltan Dallagnol deve apresentar na terça-feira (30.mai) uma ação para reverter a decisão de cassação de seu mandato, ocorrida em 16 de maio. O julgamento no TSE foi realizado por recurso apresentado pela federação Brasil da Esperança (PT-PC do B-PV) no Paraná e pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional). As siglas questionaram a ficha limpa do então congressista.

“Essas pessoas querem vingança. O sistema quer vingança, não se contentou com a impunidade. Você teve um imenso caso de corrupção [Lava Jato], com atores que investigaram e aplicaram a lei. […] Eles reagiram. Mudaram a lei e as regras do jogo”, afirmou.

Poder360