O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta segunda-feira (8) que Gabriel Galípolo, atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, é o indicado para assumir a diretoria de política monetária do Banco Central (BC).

Já para o cargo de diretor de fiscalização do BC, o indicado é o servidor da autarquia Ailton Aquino dos Santos. Antes de assumirem as posições no BC, os dois nomes precisam passar por sabatina no Senado Federal.

Haddad reforçou que as indicações seguem no caminho de “entrosamento das políticas fiscal e monetária”.

“Todo mundo é testemunha do esforço que vem sendo feito no sentido de permitir uma coordenação maior das políticas fiscal e monetária, no sentido de integrar mais e de dar uma perspectiva uniforme para o país, um direcionamento único”, disse Haddad.

Caso seja aprovado como diretor de política monetária pelo Senado, Galípolo será um dos diretores a compor o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, participando das discussões do colegiado para a formação da taxa básica de juros (Selic).

O nível elevado da taxa básica tem sido alvo frequente de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirma que a condução da política monetária por parte do BC tem prejudicado o crescimento do país. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.

Questionado sobre eventuais críticas do mercado às indicações do governo, Haddad afirmou que Galípolo é conhecido por economistas e é “coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”.

“O fato é que estamos nos reunindo, Fazenda e Banco Central, e entendo que esse movimento vai fortalecer ainda mais a aproximação nessa direção, de buscar uma convergência plena da política econômica e oferecer para o país as condições de crescer com inflação baixa”, completou o ministro.

Para o lugar de Galípolo no Ministério da Fazenda, Haddad indicou Dario Durigan. “Com tudo correndo bem na tramitação dos nomes dos diretores junto ao Senado Federal, o Dario assume a secretaria imediatamente após a posse do Gabriel Galípolo no Banco Central”, disse o ministro.

Haddad garantiu que, além da qualificação técnica, Durigan também é uma pessoa com a qual o ministro já interage há muito tempo e que tem sua plena confiança para assumir o cargo.

“É [um cargo] muito importante. [A indicação] tem que ser de uma pessoa que trabalhe quase que por telepatia, para entender exatamente qual a direção que foi dada para a política econômica”, disse.

G1